sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Agradecimentos






Antes de tudo, quero agradecer a todos que visitaram meu blog e apreciaram o nascimento de um poeta, um escritor de ocasião.

Este escritor/poeta que vos escreve agradece a todos que visitaram ao menos uma vez este espaço o qual me dediquei em torno dos últimos 10 meses. E mesmo que você tenha entrado pra dar uma olhadinha rápida, valeu a pena expressar desde as alegrias que tive em minha vida, até o tombo do meu coração.

Junto com este blog, nasceu em mim uma paixão, que me levou as alturas e ontem como um golpe de misericórdia, me empurrou do avião sem pára-quedas.


Paro de escrever neste blog pela simples explicação: um poeta nasceu com ela, e agora morre sem ela. Eu precisaria dela para continuar inspirado, pra seguir sonhando e vivendo algo que nunca tive e que certamente terei mais, não com a mesma intensidade.

Infelizmente, os pensamentos dela são inversamente proporcionais aos do início de tudo.


É estranho como tudo que é "pra sempre" não ganha 1% do amor que se jurou.


Paro por que não vejo mais razão pra expressar o que sinto por ela, se não devo mais sentir.

Paro por que não quero outra musa inspiradora, paro por que ela é e será sempre única para mim, pois ao lado dela cresci demais, vivi demais, sonhei e eu ainda preciso mais. Mas por sonhar mais, fui condenado. Por ter as circuntâncias contra mim, que sei que mudarão e ficarei bem de novo, ela não soube e não quis esperar. Pra onde foi todo aquele amor das cartas bilhetes, e-mails, recados e ligações? Onde ficou a coragem? Onde está apessoa segura de si, autoconfiante e cheia de planos? Que hoje vejo acuada e constrangida como quem pede esmola, disse que me acomodei, mas ela ainda não cruzou pelos espelhos da casa.


Terei de conviver com o "se". Pois por motivos absurdos, e por falta de fé e coragem, perco quem mais amo. Eu tentei, mas lutar sozinho uma guerra perdida, não serve para mais nada, a não ser colecionar cicatrizes e dores prolongadas.


Mais uma vez agradeço através deste que será meu último texto postado neste blog, e enterro junto com tudo que vivi com ela o poeta que ela despertou e fez nascer no meu peito no dia 29 de novembro de 2007, numa tarde mais do que mágica e inesquecível. Desculpem-me a qualidade deste texto, não saberia classificá-lo literariamente, talvez de "lixo" e ainda assim vai ficar mais sonoro do que ouvir um "não dá mais". Mas esse texto não passa de um desabafo dolorido com idéias desconexas para alguns, mas cheio de entrelinhas para mim.


Ela me disse pra parar de sonhar, e ser mais realista. Então agora passarei a dormir de olhos abertos. Um viva para a vida crua, sem cor e sem esperanças. Que se dane o amor e as pessoas que nos querem bem, que se danem as músicas românticas, os momentos mágicos, as viagens de horas para desfrutar poucos minutos que fossem, as declarações, as composições, as surpresas todas. Vamos viver condicionados, como latas com circuitos e programações. A gente conhece alguém legal, diz que ama, examina a carteira e diz pro pai que esse pode. Colocaremos na cabeça que somos felizes e tudo fica mais fácil. Por que é cômodo e não gera caras feias.


Aqui jaz um coração, uma alma e um pedido de reconsideração.

Te amei demais.



Um abraço a todos. E um aceno a ela.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Malditos ou benditos?



Detalhes: são eles que desviam a rota de nossas vidas...



As pessoas desacreditadas, sem esperanças, rapidamente perdem sua fé. E é justamente nessa hora que devemos mantê-la. Eu entendo, é um fardo enorme de se carregar ao ver seus planos irem por água abaixo e não conseguir encontrar uma saída de imediato, mas "alguém lá em cima" sempre abre outra porta antes de fechar a nossa, só levamos um tempinho a achar.

As pessoas no seu inconsciente pensam que a fé é tão curta quanto o tamanho da palavra. Eu já acredito que às vezes as palavras justamente já são pequenas, por que o significado é de uma incrível grandiosidade. A fé sustenta a alma e alimenta o coração.

No final, por mais desanimados e desistentes que estejamos, a gente sempre acredita, nem que seja um pouco, mas não fala, como se fosse para o azar não ouvir e estragar o jogo da vida.

Você pode perder muitas coisas na vida, oportunidades, chances de ser feliz, pessoas importantes que a vida levou ou a morte carregou; pode perder muita coisa, mas também muitas delas conseguirá recuperar depois, por que tudo que amamos de fato nunca perderemos.

Mas e a fé?
Bem, eu diria:

"Nunca perca a sua."

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Repetidas vezes



Sim, eu repeti várias vezes, e sempre ouvia o eco, não um eco de vazio, mas o do retorno. Continuava repetindo, e adorava ouvir. Mas foi diminuindo, e eu sentindo a penumbra me abraçar, uma fraqueza no peito e aquela ansiedade que nem o fumante mais inveterado ao ficar sem a porcaria do cigarro sente. Latejava, doía como a exclusão da sociedade aos olhos do mendigo, mas como ele, obrigado a acostumar.

Insisti, gritava, depois passei a falar em tom alto, depois a altura normal, sussurro, balbuciava, pensava e me calei. Mas ainda pensava e sentia. Foi sumindo, mas eu agarrava com força, numa pretensão sem direitos.

Queria ao menos ter certeza que do outro lado havia uma concordância, uma resposta, o mesmo que eu exclamava, o mesmo pelo qual eu costumava viver.


Enfim, cansei não querendo cansar, mas minhas mãos exaustas e meu peito dilacerado e sem ar me convenceram.


Parei de dizer: "Eu te amo".

domingo, 21 de setembro de 2008

Era a sua hora?




Me diga por favor
diga seus problemas
a causa da sua dor
da sua vida apenas

não entendo por que
você foi embora
era seu destino?
era a sua hora?

Agora estou sozinho
pensando num futuro
buscando um caminho
procurando um novo rumo

Eu não te procurava
pra poder falar
o quanto eu te amava
achei que sempre estaria lá

Espero que onde está
seja feliz no seu novo lar
momentos, lembranças
sei que vou guardar

saudades vão ficar...de você.

Nada...



"Parece que nada antes de você existiu, e que nada faz sentido depois que você partiu..."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A nossa pipa



Lembra quando mesmo o vento estando contra, nós o utilizávamos ao nosso favor? Quando tocávamos o céu, esbarrávamos em nuvens e todos os pássaros que passavam por nós eram verdes?
Eu lembro. Sei que você também lembra. Sabemos que quando o vento contra é forte demais, ele pode rasgar uma pipa que precisa dele para sobrevoar. Sabemos também que mesmo rasgada, há tempo de recolhê-la, repará-la e, em outro tempo, tornar a levá-la aos céus , fazendo de um simples ato de empiná-la novamente, a chave para um sorriso de um pequenino. Que um dia também vai suspender sua paixão no alto do céu para todos verem o seu amor, mesmo sendo talvez limitado por algum fio de nylon. O mesmo que nos separa.