domingo, 10 de abril de 2011

Haikai: madrugada

Minha boemia sempre foi um veneno,
se a minha santidade se refugia na marquise
eu contrario indo para o sereno.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Difícil? Nem sempre.

Os dias têm sido mais calmos e tranquilos de repente. A gente sempre reclama que tudo parece distante, mas e quando a gente se dá conta que o vento é a favor, que o suor diminui, e que alguns sorrisos têm sido mais fáceis? O que fazemos? Às vezes não sabemos lidar com isso ou simplesmente não nos damos conta.

Pra garantir, estarei olhando com mais atenção ao meu redor, quem sabe reparar nas entrelinhas do cotidiano, ou ainda melhor, reescrever alguns capítulos não tão bem-sucedidos e criar a atmosfera que buscamos apenas em reveillons e depois esquecemos.

Chega de pedir. Tá na hora de sabermos aceitar quando finalmente recebemos a conquista.

O dia nasceu claro hoje.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Por esta noite



Tudo o que eu sonhei pra mim vejo nos teus olhos,
minha saudade nunca sanada.
Meu sonho sempre acordado, meu desejo sempre gemido.
Meu primeiro beijo sempre reescrito.

A cada distância, uma ânsia.
A cada reencontro, um mundo novo.

Onde o ar vem dos teus suspiros
onde sacio minha sede em teus lábios
sábios pela textura da volúpia que digo:
"me tenha por esta noite, partindo de um sussurro ao pé do ouvido."

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A cada movimento

Um abraço longo
Um silêncio rasgando o burburinho da rua
O olhar que deixa marcas profundas
Tal qual as calhas de minhas olheiras
As mãos se descruzando
Suspiros assumindo o lugar de antigas faltas de fôlego
Foi assim... que perdi um bom pedaço de mim.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A dança das diferenças

Que sensação que me rasga o pensamento.
Tão fácil e tão difícil.
Por que as diferenças influenciam?
Qual é o mal em misturar preferências? Ao menos é pelo prazer de um todo.
E se eu posso fazer, você também deveria ser capaz. Pois no fim de tudo, estamos falando da gente.
Eu e Você!

Sabe que eu te amo, mas às vezes age como se eu não soubesse de nada. Me fere e me magoa. Claro que também sei bem que também sou teu"magoante".
E eu amargo o conta-gotas de uma esperança de mudança dentro dessa dança.
Que cada vez mais...me cansa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Enquanto isso...

Enquanto o tempo passa
vejo você em todo lugar
e no meu sorriso sem graça
sei que me basta somente esperar

a cada crista de onda erguida no mar
esperando um abraço ou sussurro no ar
Então me diga: o que eu faço?

Enquanto te espero
posso imaginar
tudo o que eu mais quero
é me refletir no teu olhar.

Lembrando

Na janela, vem o aroma de café.
Numa livraria de usados, ou te ouço nos rádios.
Por que ainda te busco? Se o tempo correu me fazendo cansar de te perseguir?
Ao passo que pra você não passo de um passado mesmo depois de tudo que fiz e que faço (ainda).
Nas flores roubadas que te presenteei, me recordo e me limito até onde ainda posso te tocar: nos meus versos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Liberdade moderada

Se ao menos uma vez você gritasse, eu me alegraria ao me calar.
Em olhar, observar e sorrir, ao ver você desafiar o eco do conformismo.
Eu estaria aqui, feliz, pois só assim você se libertaria por alguns instantes.

terça-feira, 2 de março de 2010

A resposta

Sabes o que te irrita mais?
Eu não ser o mesmo de tempos atrás.
De olhar pra baixo com um sorriso educado
ao invés de mirar o alto sorrindo rasgadamente.

Nem tudo é pra sempre. Ou sempre nem é tudo?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Passado

Na caminhada da vida
o que melhor fazemos muitas vezes é não olhar pra trás,
assim não tropeçamos à frente.

Se quiser recordar, eu poderia aconselhar então dizendo: "Vai em frente!".


Mas seria muito contrastante. Não é mesmo?