Os dias têm sido mais calmos e tranquilos de repente. A gente sempre reclama que tudo parece distante, mas e quando a gente se dá conta que o vento é a favor, que o suor diminui, e que alguns sorrisos têm sido mais fáceis? O que fazemos? Às vezes não sabemos lidar com isso ou simplesmente não nos damos conta.
Pra garantir, estarei olhando com mais atenção ao meu redor, quem sabe reparar nas entrelinhas do cotidiano, ou ainda melhor, reescrever alguns capítulos não tão bem-sucedidos e criar a atmosfera que buscamos apenas em reveillons e depois esquecemos.
Chega de pedir. Tá na hora de sabermos aceitar quando finalmente recebemos a conquista.
Um abraço longo
Um silêncio rasgando o burburinho da rua
O olhar que deixa marcas profundas
Tal qual as calhas de minhas olheiras
As mãos se descruzando
Suspiros assumindo o lugar de antigas faltas de fôlego
Foi assim... que perdi um bom pedaço de mim.
Que sensação que me rasga o pensamento.
Tão fácil e tão difícil.
Por que as diferenças influenciam?
Qual é o mal em misturar preferências? Ao menos é pelo prazer de um todo.
E se eu posso fazer, você também deveria ser capaz. Pois no fim de tudo, estamos falando da gente.
Eu e Você!
Sabe que eu te amo, mas às vezes age como se eu não soubesse de nada. Me fere e me magoa. Claro que também sei bem que também sou teu"magoante".
E eu amargo o conta-gotas de uma esperança de mudança dentro dessa dança.
Que cada vez mais...me cansa.
Na janela, vem o aroma de café.
Numa livraria de usados, ou te ouço nos rádios.
Por que ainda te busco? Se o tempo correu me fazendo cansar de te perseguir?
Ao passo que pra você não passo de um passado mesmo depois de tudo que fiz e que faço (ainda).
Nas flores roubadas que te presenteei, me recordo e me limito até onde ainda posso te tocar: nos meus versos.
Se ao menos uma vez você gritasse, eu me alegraria ao me calar.
Em olhar, observar e sorrir, ao ver você desafiar o eco do conformismo.
Eu estaria aqui, feliz, pois só assim você se libertaria por alguns instantes.
Sabes o que te irrita mais?
Eu não ser o mesmo de tempos atrás.
De olhar pra baixo com um sorriso educado
ao invés de mirar o alto sorrindo rasgadamente.