terça-feira, 17 de novembro de 2009

A fumaça da vela

Pinga um pocado.
O tilintar na janela me faz lembrar, que assim como os clarões e os estrondos, não há nada melhor para que redescubramos nossos desejos ocultos.

E a luz das velas, traz em suas sombras instáveis, um pequeno filme dos dias que passamos abaixo do sol. Nós nos reorganizamos, repensamos, e traçamos novas metas ou estratégias.

Depois a energia volta, e junto com a fumaça da vela soprada, se vai por água abaixo, tudo o que nos acompanhou durante as horas da mais clara escuridão da sabedoria momentânea.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lacaio

Inverteu-se o lado da gangorra. Mesmo que do lado que cá esteja mais pesado, estou sendo erguido.
São gritos, sarcasmos e deboches gratuitos de quem venceu uma batalha com a ajuda da sorte.

LACAIO.

Assim assumiste a vantagem, me resta aguardar para que o sono dos justos seja recebido. Não quero franzir a testa sempre noite após noite. Chega de duas faces, chega desse xadrez que nunca termina,
Procuro uma porta para poder sair, mas ainda não encontrei.
Espero sentado como a vítima espera pra ser acusada. Amanhã ainda estarei no campo de concentração, e verei que o pesadelo se estenda pela realidade ao abrir meus olhos cansados por presenciar tamanho descaso.
Nossas almas estão atormentadas, e a minha cabeça ainda planeja explodir.
Vai embora. Quero ar.